"Jamais peça dica de vinho, porque cada um tem um paladar diferenciado, e o que é bom pra mim pode ser ruim pra ti". Mesmo quem não entende nada sobre o assunto, deve fazer a escolha por si. "Se gostar ou se não gostar do sabor, a pessoa com certeza vai lembrar, porque foi ela quem escolheu".
Mas, para ajudar na escolha, aqui vão algumas dicas para quem quer começar a apreciar vinhos.
O primeiro passo, é começar a estudar e conhecer os diferentes tipos de vinho.
A sugestão é começar com bebidas de pouca estrutura, suaves e leves.
A sugestão é começar com bebidas de pouca estrutura, suaves e leves.

Dentre os tintos, os feitos de uva merlot também servem aos iniciantes, por serem sutis e não agredirem o paladar. Os cabernet franc também são uma opção, mas é preciso estar atento ao ano de produção e ao tempo que a bebida ficou em barricas de carvalho. Vinhos mais novos e com três a cinco meses passados em carvalho são os ideais para quem está começando.
"Essas informações podem ser encontradas no contrarrótulo, junto com a descrição sensorial, e é muito importante lê-las para aprender sobre os vinhos".
Treinando os sentidos Além de estudar as características das uvas e sempre ler os rótulos das garrafas, quem está começando na arte de degustar vinhos deve treinar o olfato e o paladar. Antes disso, porém, é preciso treinar a memória. O enófilo - pessoa que gosta de vinho mas não é um especialista profissional - deve gravar a cor, o cheiro e o sabor das bebidas que prova.

"O que este cheiro me lembra? Que perfumes consigo perceber?".
A terceira característica elementar é o tato, definido como o conjunto das sensações percebidas pelo paladar. Os sabores são sentidos quase como um processo: como o vinho foi sentido assim que chegou às papilas gustativas? Foi agressivo? E depois de engolir, o gosto ficou? Enquanto passava pela garganta, foi adstringente? Suave?
Taças e acessórios A experiência da degustação do vinho também é influenciada pela taça usada. O cálice deve ter bojo amplo na parte de baixo, para permitir observar a coloração da bebida. Já a boca da taça, ao contrário, deve ser um pouco mais fechada, facilitando a percepção do aroma. A haste, parte entre o bojo e a base, deve ser de tamanho mediano.

Para quem está dando os primeiros passos como enófilo, é indicado as chamadas taças para degustação. O bojo é mais comprido, o que ajuda a fazer a análise sensorial, e também é arredondado no fundo, facilitando a observação da cor. Além disso, o modelo tem a haste mais curta, com cerca de cinco centímetros de altura, e são de fácil manipulação.
Além das taças, outros acessórios essenciais aos apreciadores, são: o abridor de garrafas (saca-rolha) e o decanter - peça que deixa a garrafa inclinada, fazendo com que a borra se deposite no fundo do frasco e não seja servida junto com o vinho.
Escolhendo os vinhos Os vinhos merlot, cabernet franc, malvasia de cândia e sauvignon blanc podem ser comprados de marcas brasileiras. Isso porque o terroir - conjunto de características de solo, clima e topografia de uma região - de Vale do São Francisco, Campanha e Serra Gaúcha, entre outros, são propícios ao cultivo das uvas usadas na fabricação das bebidas.

Quem optar por rótulos europeus pode escolher um tempranillo espanhol ou, da França, um chateau ou umgrand cru - este último tipo pode ter preços de até R$ 5 mil por garrafa. Pode-se optar também, pelos chamados "vinhos verdes" portugueses.
Falando em Portugal, o famoso vinho do Porto não costuma ser consumido durante as refeições, por causa do sabor forte que tem, sendo servido em geral com as entradas ou sobremesas.
Combinando vinhos e alimentos O vinho tomado nas refeições deve "limpar o paladar", realçando o sabor do prato. Isso significa que a bebida precisa ter gosto o bastante para ser sentida, mas esse gosto não pode permanecer na boca com muita intensidade ou por tempo demais a ponto de interferir no gosto da iguaria seguinte.
Esse conceito, um tanto abstrato para quem está começando, é o que se chama de harmonização.
Esse conceito, um tanto abstrato para quem está começando, é o que se chama de harmonização.

E pode misturar?
Sim. Mas deve-se começar com uma bebida de pouca estrutura e então seguir para uma de sabor mais forte. Do contrário, o primeiro vinho afeta a degustação do segundo. Para distinguir entre os dois, vale ler o contrarrótulo e se lembrar de experiências anteriores.
Sim. Mas deve-se começar com uma bebida de pouca estrutura e então seguir para uma de sabor mais forte. Do contrário, o primeiro vinho afeta a degustação do segundo. Para distinguir entre os dois, vale ler o contrarrótulo e se lembrar de experiências anteriores.
Eu prefiro o Tanat!!